Chegou a vez de Diadema

Há pelo menos cinco anos o mercado imobiliário de Diadema tem se transformado. O município atraiu investimentos de muitas construtoras da Capital, o que fomentou melhora da infraestrutura da cidade. Segundo Liat Ciobotariu, gerente de negócios da construtora Tecnisa, a localização de Diadema é um dos fatores positivos que têm atraído novos moradores (conta com excelente acesso pela Avenida Cupecê e Rodovia Imigrantes e está muito próxima dos principais centros comerciais de São Paulo - 20 minutos em média).

Além disso, soma-se o aumento dos investimentos feitos pelo município (que vem arrecadando cada vez mais impostos em decorrência das empresas que ali se instalaram), o fato de ter grande demanda por habitações, principalmente na faixa mais popular (até dez salários-mínimos), mas também possuir demanda de imóveis de alto padrão - em função do crescimento da renda de uma faixa da população, representada por comerciantes e micro-empresários.

"Apesar de ser uma cidade que antigamente era conhecida como uma região de alta violência, hoje o cenário mudou e existe grande trabalho do governo para torná-la cada vez melhor na Saúde, nos Transportes, infraestrutura, regularização fundiária, etc", pontua Ciobotariu.

Na opinião do diretor de vendas da Construtora MZM, Eder Guerrero, o desenvolvimento da cidade, a demanda, bem como as ofertas de novas áreas ainda com preços competitivos, acabam atraindo investimentos imobiliários. "O fato de ser uma região próxima à Zona Sul de São Paulo e também à Baixada San-tista, também atrai novos mora- dores, que buscam qualidade de vida e procuram imóveis com preços mais acessíveis que os encontrados na Capital (chega a ser 50% mais baratos, inclusive), o que acaba movimentando ainda mais esse mercado".

Para se ter ideia, no terceiro trimestre do ano foram lançadas na cidade 104 unidades de dois dormitórios, segundo levantamento da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC). Em termos de vendas, Diadema ficou com o terceiro lugar da região no período, atrás apenas de Santo André e São Bernardo. Entre julho e setembro foram comercializadas 296 unidades.

FUTURO

As projeções para os próximos anos não poderiam ser melhores para a cidade. Na opinião do gerente de negócios da construtora Tecnisa, Diadema ainda pode crescer, mas é importante que se faça de modo planejado, "preocupando-se com os sistemas viários e infraestrutura necessários". Nesse ponto, é extremamente importante a parceria entre a iniciativa privada e o poder público para a solução dessas questões.

FOCO

Hoje, segundo os especialistas de mercados entrevistados pela Tudo Imóvel & Decoração, os imóveis mais procurados na cidade são na faixa de 50m2 a 60m2, com dois dormitórios. "Esse perfil atende uma grande parcela da população, que são os solteiros, investidores e famílias com até dois filhos", explica Guerrero.

Ainda segundo o diretor de vendas da MZM, o consumidor atual está cada vez mais exigente e atento na hora de comprar, principalmente quando se trata de um investimento alto como um apartamento, e que envolve também o fator emocional, o que o torna mais detalhista e seletivo.

Ciobotariu destaca que a maior da demanda da cidade é de pessoas que ganham até três salários-mínimos (R$ 2.034, já que um equivale aos atuais R$ 678), que se enquadram dentro do programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida. A média de preço dos imóveis gira em torno de R$ 180mil a R$ 500mil.