Retrofit vira tendência em São Paulo
O boom imobiliário vivido pela cidade de São Paulo não tem impactado apenas no número de novos edifícios: a onda causa também o aumento no número de prédios revitalizados, que passaram pelo chamado retrofit.
A prática, surgida em países da Europa e Estados Unidos, tem o objetivo de revitalizar antigos edifícios, aumentando sua vida útil por meio da instalação de tecnologias mais modernas ? como fiação elétrica, aquecimento etc - e utilização de materiais e técnicas construtivas mais atuais, conferindo uma nova ?cara? ao edifício. Naqueles países, o objetivo era reformular os edifícios antigos que não podiam ser derrubados por força da legislação urbana.
Matéria publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo dá conta de que, no mercado, há uma máxima de que o retrofit vale cinco vezes o que é investido: ao gastar R$ 20 mil em uma reforma, o proprietário pode acrescentar R$ 100 mil ao valor final do imóvel.
Administradores de condomínio são unânimes em apostar no modelo como o futuro dos prédios antigos de São Paulo. ?As instalações hidráulicas e elétricas são, na verdade, o principal alvo. Porque reformá-las produz economia?, afirma Angélica Arbex, gerente de Marketing da Lello, uma das maiores empresas do setor na capital.
Os chamados ?itens de lazer? deveriam vir depois, mas vêm antes. ?Até há uma vantagem em criá-los em condomínios já existentes: a customização do condomínio. Só se constrói o que vai ser usado, enquanto nos novos há espaços que acabam subutilizados?, diz a gerente. Um exemplo é fornecido pelo gerente de vendas da Comgás, José Eduardo Moreira, ouvido pelo jornal: por ano são instaladas 150 piscinas aquecidas em condomínios antigos na Grande São Paulo.
Já há até linhas de crédito para o financiamento de obras de retrofit. Em 2007, um acordo firmado entre o Setor da Construção Civil e bancos privados, referendado por resolução do Banco Central, liberou recursos da caderneta de poupança para o financiamento de obras de retrofit residencial dentro das normas adotadas pelo Sistema Federal de Habitação. Os recursos disponíveis somam R$ 2,5 bilhões.
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