A caderneta de poupança continua atrativa?
Os depósitos em cadernetas de poupança no mês de setembro superaram os saques em R$ 5,951 bilhões, de acordo com relatório divulgado recentemente, pelo Banco Central (BC). É o melhor resultado da poupança em 17 anos para setembro, desde o início da série histórica, em 1995.
Muitos argumentavam que as alterações no calculo dos rendimentos da caderneta de poupança poderia diminuir o interesse do investidor na mais popular modalidade de investimentos no Brasil, os números mostram o contrário, o brasileiro ainda destina boa parte de suas aplicações para a boa e velha poupança.
Atualmente a rentabilidade da caderneta de poupança está ligada as movimentações na taxa básica de juros da economia (Taxa Selic). Sempre que a Selic estiver em 8,5% (ao ano) ou abaixo desse percentual a caderneta de poupança renderá 70% dessa taxa acrescida de TR (Taxa Referencial). Vale lembrar que essa regra só vale para os depósitos realizados a partir do dia 4 de maio de 2012.
Inflação
Sempre que pensamos em investir um dos pontos mais importantes que precisamos levar em consideração é a variação da inflação. A maior parte dos analistas aposta esse ano em um índice de inflação próximo de 5,5% a ano ( IPCA). Levando-se em conta o atual patamar da rentabilidade da poupança com a taxa selic em 7,5% ano, a rentabilidade para o investimento estaria agora em 5,25% ao ano, ou seja, a rentabilidade da poupança estaria menor do que os prognósticos de inflação.
Claro, outros itens são indispensáveis para comparação, um deles é a isenção de taxas e impostos, nesse item, a poupança é imbatível e a torna muito atrativa na comparação com os fundos de investimento, principalmente aqueles com taxas de administração maiores do que 0,5%.
Juros caindo força o investidor a buscar novos conhecimentos
Outro ponto favorável à caderneta de poupança é a liquidez imediata, isto é, basta utilizar a senha e o cartão do banco para realizar o saque de sua caderneta de poupança em qualquer hora, basta encontrar um caixa rápido.
A expectativa futura sobre a economia no Brasil torna razoável a afirmação de que caminhamos no médio e longo prazo para a redução da taxa Selic. Esse cenário forçará o investidor que busca maiores rentabilidades a buscar alternativas mais agressivas de investimento. Quem já começa a perceber essa tendência pode estudar e buscar maiores conhecimentos no mercado de renda variável, investimentos com sua totalidade ou percentual atrelado à bolsa de valores.
Nesse momento de transição o melhor investimento pode ser exatamente a dedicação de tempo e algum esforço para conhecer melhor esses investimentos, quem perceber isso, vai descobrir outro ponto fundamental para quem pensa em investir: o componente tempo.
Até a próxima.