Tinta fresca
Sempre que um gostinho de estreia surge na minha casa, logo penso em tinta fresca. Uma cartela de cores logo vem à cabeça e o negócio certeiro é partir para a ação – imediata! Podem vir modismos (como o do papel de parede e o do lambe-lambe), mas a cor, pura, seja lá qual for a sua escolha, nunca sai de cena. O melhor de tudo é que a necessidade de uma pintura nova nem sempre vem do desgaste natural da tinta sobre a parede. Vem de uma vontade da cor mesmo. Faça um teste imaginário e você verá. Feche os olhos e preste atenção às cores que irão surgir. Pode ser apenas uma cor. Justamente a que você precisa em um determinado instante da sua vida. Essa será a cor certa para a sua casa. Não sou consultora de cores, nem expert no estudo delas. Mas acredito muito mais na vontade da cor do que nas tabelas que indicam as “cores certas” para cada finalidade. Acho cansativo isso...
Amarelo para lugares em que é necessário concentração. Azul para mais tranqüilidade. Vermelho para aguçar o paladar. Por experiência própria, em muitas das metamorfoses domésticas que já se passaram no meu lar, posso dizer que o azul já trouxe a agitação necessária para um momento especial. E que o rosa deve fazer muito mais efeito que o vermelho nas paredes da minha cozinha – que será pincelada com essa cor muito em breve. Porque fechei os olhos e foi ela que apareceu na minha frente. Quase pedindo para ser usada.
O jeito de pintar é outra história. Também não acredito em manuais de conduta nesse quesito. Já vi ambientes incríveis em que o teto era pintado de uma cor mais escura que as paredes. E ficou lindo, contrariando o lugar-comum: sempre optar pelo teto estilo “branco total e radiante!” Não gosto mais de apenas uma parede pintada no ambiente. Datou... Ou será que eu é que estou gostando, neste momento, de ambientes mais equilibrados, de uma só cor? Está vendo como não há regras envolvendo esse assunto? Agora só falta você escolher qual será a sua cor em 2010.