Lar

O que perdemos pelo caminho

Chris Campos no blog Tecnisa Quantas vezes você teve o prazer de ter a casa invadida por cheiro de bolo? Parou para, despretensiosamente, escolher o melhor lugar para posicionar algumas velinhas e criar um clima especial num dia qualquer da semana? E cuidar das plantas? Já teve o prazer de, ao acordar, conferir um broto novo no jardim – uma vaso na beira da janela que seja? Com o tempo fomos perdendo muitos dos prazeres domésticos. Perdendo a singeleza, o gosto por alguns minutinhos do dia gastos com pequenos atos que, somados, nos deixam mais felizes. Se bobear, somos engolidos pelo tempo, pelos espaços, pelo trânsito. E a casa? Acaba virando uma hospedaria de quinta categoria. Sem vida, sem flor, sem amor. Sei bem que a vida nossa de todo dia é uma correria sem fim. Mas é bom parar um tiquinho. Comece aos poucos, como uma terapia. Regue as plantas na segunda, faça um bolo na terça, acenda velas no jantar da quarta-feira – dia sem graça por natureza mas que, com uma dose de capricho, vira outro. Quando se der conta, já chegou a sexta-feira e você quer mais. Inventa então de testar um prato favorito esquecido no caderno de receitas (será que você tem um?) e convida mais três amigos para experimentar. A noite pode virar uma festa assim, com a primeira garfada de uma comida maravilhosa e uma taça de vinho nas mãos. A alma da casa é você. Se ela se contenta com pouco, assim será. Menos a cada dia. Até o dia em que você nem saberá mais o que está perdendo. Recupere o tempo perdido, as coisas que esquecemos pelo caminho e descubra, no meio da confusão dos dias, um novo jeito de viver seu lar-doce-lar.