Jardins verticais
De alguns anos para cá, os jardins verticais tomaram conta dos projetos paisagísticos residenciais e comerciais. Diante de áreas com espaço limitado para o verde, a parede tomada por plantas é uma solução bastante atraente. Conheço muitos paisagistas que aderiram aos jardins verticais, mas uma das precursoras no assunto é a Gica Mesiara, idealizadora da marca
Quadro Vivo .
A Gica pesquisou, testou e conseguiu criar um método de armazenamento das plantas bastante eficaz, que inclui irrigação automatizada. Em vez de xaxim (que está em extinção) ou fibra de coco (que absorve a água das plantas e atrai insetos), ela usa vasos plásticos inteligentes, que dosam a quantidade de água de acordo com a espécie. O sistema é incrível, mas tem um preço relativamente alto.
Em função disso, surgiram soluções mais em conta, a começar pelos blocos cerâmicos, que vêm com espaço para o plantio das espécies. Um dos modelos mais novos foi feito pelas indústrias Nova Conquista e Nova União, localizadas em Tatuí, no interior de São Paulo. O
GreenWall Ceramic é um sistema composto por módulos que são aplicados em alvenaria de amarração. Só para se ter uma ideia, para cada m² de jardim vertical são necessários 13 módulos cerâmicos, ao preço médio de R$ 149,50.
Além da estrutura, vale ficar atento às plantas escolhidas para o painel. Existem espécies ideais para meia-sombra, como as samambaias, avencas, guaimbês, rendas-portuguesas e antúrios, e para sol: begônias, orquídeas, bromélias-roxas, flores-de-cera e columéias. Os cuidados são os mesmos das plantas dispostas em vasos: regas diárias e adubação a cada seis meses. Nas fotos, veem-se os projetos assinados pelo paisagista Gilberto Elkis (vertical), Gica Mesiara (horizontal, acima) e Sergio Gonzalez (horizontal, abaixo), este último com os módulos da Green Wall Ceramic (no detalhe).