As três leis da jardinagem

Há alguns meses, estava lendo a revista inglesa Elle Decoration e me deparei com uma nota intitulada “As três leis da jardinagem”. Sabe aquela história de que tudo parece fácil e simples quando feito pelos outros? Pois bem, mexer no jardim também é assim, como provam essas três dicas: 1. Jardinagem é uma questão de manter o entusiasmo até que suas costas se acostumem a isso; 2. Deus criou os dias chuvosos para que os jardineiros tenham a sua tarefa executada; 3. Uma boa maneira de ter certeza de que você está removendo uma erva daninha e não uma planta de valor é puxá-la. Se ela sair fácil, com certeza, é uma planta de valor.
De uma forma bem-humorada, elas tratam de um assunto que pouca gente fala: como é difícil cuidar de um jardim. É lógico que, como qualquer outra atividade, algumas pessoas têm mais habilidade do que outras, mas o que importa mesmo é o quanto você se entusiasma com a tarefa de cuidar do seu cantinho verde. A minha sugestão é simples: o tamanho do seu jardim deve ser diretamente proporcional à sua intimidade com o assunto. Se você tem um jardineiro, alguém de confiança que faça por você, ok. Mas se a intenção é por a mão na terra, pense nisso.
Falta tempo para tirar folhas secas e regar constantemente? Que tal ter apenas um ou dois vasos? Confesso que eu não tenho tempo suficiente para cuidar das minhas plantas como gostaria, por isso optei por espécies resistentes: pleomele, bálsamo, pacová (foto), iuca, pândano e fórmio. Os que ficam em áreas abertas quase não exigem regas. Só mesmo no período de pouca chuva é que entro com o regador. Minha tese é simples: o verde deve trazer conforto. Se ele é mal planejado, você vai cuidar dele de uma forma mecânica. E, acreditem, as plantas respondem a estímulos de carinho. Sempre que cuido das minhas, um broto novo aparece. Minha dica para o fim de semana que se aproxima é esse exercício. Com certeza, recompensas virão.
A jornalista Thaís Lauton é autora do blog Cheiro de Mato, da revista Casa e Jardim.