Arte em Casa
Comprar uma peça decorativa é muito diferente de levar para casa uma obra de arte. Pena que muita gente ainda confunda as duas coisas. Arte é, por natureza, algo inspirador. A partir do momento em que a arte é encomendada com especificações particulares, perde-se em inspiração. Do artista no caso... É o caso de quem encomenda um retrato, por exemplo. Pessoas que sabem pintar ou desenhar, são muitas. Mas o retrato de uma pessoa, criado por um artista de acordo com inspiração e motivos próprios, é diferente de alguém que chega para você e fala: pinte o meu retrato. Isso é vaidade. Uso esse exemplo, que pode parecer radical, porque gosto muito de arte. Quantas vezes já não tive momentos de atração irresistível por alguma pintura, desenho, escultura, uma fotografia ou instalação capaz de emocionar. Você bate o olho e aquela imagem é traduzida em sensações – que não necessariamente são boas. Mas que mexem com o que você tem de mais íntimo.
Arte não se compra como bolsas ou cintos ou calças jeans. Quer dizer... alguns compram. Talvez por desconhecimento ou embalados pelo pior sentimento que existe com relação à arte (meu ponto de vista, ok?): exibicionismo. Há casos, muitos, em que compra-se arte como prova de poder, de status, por vaidade mais uma vez... Quando bom mesmo é ser motivado pelo que a arte acrescenta. Geralmente algo que você nem sabia que existia. Para entender as diferenças e, deixar-se levar pelas sensações que a arte pode despertar em você, recomendo uma voltinha pela SP-Arte (
http://sp-arte.com), realizada no pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, entre os dias 12 e 15 de maio. E também mais idas aos museus e galerias de arte da sua cidade. Por uma vida mais ilustrada e inspiradora!