Tecnisa consolida crescimento no segundo trimestre
Com parcerias e aumento do landbank, VGV potencial ultrapassa R$ 5,2 bilhões. Lucro líquido cresce 118%. Projetos para rendas mais baixas se concretizam e, sem embargos, terreno da Barra Funda é o projeto mais promissor da companhia.
São Paulo, 13 de Julho de 2007 ? A construtora e incorporadora paulistana Tecnisa S.A. (Bovespa: TCSA3) registrou resultados positivos no segundo trimestre de 2007. A empresa obteve lucro líquido de R$ 20,6 milhões, o que representa um crescimento de 118% em comparação com o mesmo período de 2006.
O incremento no banco de terrenos também foi relevante. Cresceu 19% em relação à última demonstração de resultados, elevando o VGV para R$ 5,2 bilhões. As vendas contratadas aumentaram 140% em relação ao ano passado, somando R$ 119,3 milhões em carteira. O VGV com os lançamentos realizados no segundo trimestre chegou à ordem de R$ 232 milhões. A receita operacional líquida foi de R$ 80,5 milhões, 92,7% a mais que o ano passado. Enquanto o Ebitda cresceu 34,3%, indo para R$ 15,1 milhões.
Meyer Joseph Nigri, CEO da Tecnisa, afirma que os resultados refletem os esforços da companhia para um crescimento sustentável. ?Adquirimos terrenos, principalmente por meio de pagamentos à vista, que nos garantem mais de R$ 5 bilhões em Valor Geral de Vendas?, diz o executivo.
Expansão Geográfica
A Tecnisa investiu também em expansão geográfica e diversificação de mercados, por meio de parcerias. Mais de 50% dos lançamentos previstos até o final de 2008 se encontram fora da cidade de São Paulo. ?Contratos com empresas consolidadas no mercado são a nossa estratégia para ampliar a atuação em novos segmentos?, diz Nigri.
Cerca de metade dos lançamentos nos próximos 18 meses serão destinados aos segmentos de médio e médio baixo padrão. ?Temos experiência e atingimos bons resultados com médio alto e alto padrão, mas também estamos direcionando os negócios para média e média baixa renda?, enfatiza.
Nordeste: A parceria com a Petram (BA), celebrada em julho, permitirá à empresa desenvolver negócios imobiliários para públicos de médio e médio alto padrão com direito de participação de 90% para a Tecnisa. O VGV é de R$ 150 milhões para os próximos 12 meses. A empresa já havia fechado contrato no primeiro trimestre com a Terra Brasilis (CE), para residenciais em alta, média alta e média renda, com participação de 75% e VGV previsto de R$ 400 milhões para o horizonte de 36 meses.
Centro-Oeste: Os acordos com a Artefato Engenharia e com a FR, pertencentes ao grupo Fuad Rossi, é para empreendimentos imobiliários no Estado de Goiás e no Distrito Federal. O VGV esperado é de R$ 250 milhões em um ano, e se refere à participação de 50% nos negócios concretizados.
São Paulo e outras regiões: A Tecnisa terá preferência de 80% nos negócios fechados pela parceria com a empresa Ritz Engenharia. O foco é na diversificação de mercado para rendas média e média baixa e empreendimentos comerciais. A parceria com a DP Engenharia tem VGV de R$377,7 milhões em um ano. A empresa terá direito a 50% nos negócios celebrados O maior objetivo é a prospecção de negócios para classe média, média alta e alta, com foco no interior de São Paulo.
A formalização da parceria com a construtora Stuhlberger, de São Paulo, e a constituição de uma nova empresa, a Stuhlberger Incorporadora Ltda., anunciada em 16 de julho, contará com investimentos de até R$100 milhões nos próximos cinco anos, e VGV potencial de R$200 milhões por ano para o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários.
A aquisição de um terreno na cidade de Suzano (SP) em 18 de Julho visa a atingir a média baixa e a baixa renda. Em parceria com as empresas Incosul e Tricury, o VGV é de R$ 120 milhões. Com terrenos adquiridos em Cotia e Osasco, também em São Paulo, são mais de três mil unidades que proporcionam um VGV total de cerca de R$ 310 milhões.
Terreno Barra Funda
Dias antes da abertura de capital, a Tecnisa anunciou a aquisição de um terreno de 250 mil metros quadrados, pelo valor de R$ 133 milhões, em São Paulo. Mesmo com risco de embargo, comprou a propriedade efetuando pagamento à vista, com parte da captação feita no IPO. A aposta estava fundamentada na oportunidade de adquirir uma grande área, em boa localização, com baixo investimento.
Com a revogação do decreto e o fim dos entraves que impediam a utilização do terreno, a Tecnisa já estuda o desenvolvimento de vários projetos no local, proposta que já está em análise na Secretaria Municipal da Habitação. O VGV total ultrapassa R$ 2 bilhões.
Para o CEO Meyer Nigri, o projeto é o maior negócio da empresa atualmente. ?Já entramos no trâmite para utilização do terreno com fins imobiliários. Isso coloca a empresa em vantagem competitiva, visto que o VGV é de 40% do total, e os custos serão de, no máximo, 10% da receita que o projeto vai gerar?, explica.
Debêntures
O Conselho de Administração da Tecnisa S.A. aprovou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um programa para emissão de R$ 600 milhões em debêntures, com prazo de dois anos. A primeira emissão será feita no valor de R$ 200 milhões. Os termos e condições ainda estão em discussão. Foi aprovada somente a emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações.
?O objetivo da captação é dar continuidade à expansão da empresa, com investimentos em aquisições e parcerias. Seguindo a conjuntura do setor, mantivemos a rentabilidade das vendas e os lucros em alta, mas já pensamos também nos resultados em médio e longo prazo?, conclui Nigri.
Para acessar o relatório completo dos resultados do segundo trimestre de 2007, clique aqui.
Para ouvir a teleconferência na seção de Podcast da Tecnisa, clique aqui.