Boas notícias para o crédito imobiliário; veja simulações por faixa de renda
Recentes ações tomadas por diversas instituições do setor financeiro no Brasil mostram que, após uma retração em função da crise econômica internacional, que atingiu o País a partir de setembro do ano passado, o mercado de crédito começa a se aquecer novamente, o que é fundamental para o bom funcionamento do setor imobiliário. Várias bancos têm seguidamente diminuído taxas de financiamento e aumentado prazos para a compra de imóveis ou financiamento de obras.
O Banco do Brasil, por exemplo, ampliou os prazos para financiamento e anunciou novas taxas de juros para imóveis residenciais e comerciais localizados em área urbana. Segundo a instituição, a medida abrange todas as modalidades de financiamento imobiliário no BB. A menor taxa efetiva do crédito imobiliário passou de 8,9% ao ano, mais a taxa referencial (TR), para 8,4% ao ano, mais a TR. O valor financiado também ficou maior. O comprador pode financiar até 90% do valor de venda ou de avaliação do imóvel, Anteriormente esse limite era de 80%. O limite de comprometimento máximo da renda líquida, porém, não deve ultrapassar 30%.
Na Caixa, as taxas para os financiamentos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) foram para entre 8,2% e 11,5% ao ano, acrescidos de TR. Segundo o banco, as novas regras podem reduzir as prestações em até 10,58%. Para os empréstimos enquadrados no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) – imóveis com valor de até R$ 500 mil – a redução chega a 1 ponto percentual. Antes da redução, os juros da Caixa eram de 9,5% a 10,5% ao ano para imóveis avaliados entre R$ 130 mil e R$ 200 mil e de 11,5% anuais para unidades com custo acima de R$ 200 mil até R$ 500 mil. O banco reduziu também os juros das operações fora do SFH (imóveis acima de R$ 500 mil). Para pagamento por boleto, os juros são de 11,5% ao ano; no débito em conta são de 11% e para quem tem cesta de produto, de 10,5%. Hoje, o banco responde por 70% do mercado de financiamento imobiliário do país.
Já o Bradesco estendeu para 30 anos o prazo de financiamento da casa própria em todas as modalidades enquadradas no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) – antes, o prazo máximo era de 25 anos. Além disso, o banco reduziu as taxas de juros dos contratos pósfixados para imóveis novos e usados com valor de avaliação de até R$ 120 mil, que caiu de 10% para 8,9% ao ano, o equivalente a uma taxa mensal de 0,7% ao mês, mais a variação da taxa referencial (TR). Esta taxa é a menor do mercado para imóveis nesta faixa, financiados com recursos da poupança, segundo a instituição.
O prazo de 30 anos para o financiamento já era praticado por outras instituições, como o próprio Banco do Brasil e o Grupo Santander Brasil, que reúne os bancos Santander e Real. O grupo conta com um processo de financiamento bastante simples: exige apenas os documentos pessoais do comprador e do vendedor do imóvel, a comprovação de renda do comprador, a matrícula do imóvel e a certidão de tributos imobiliários. Também aceita a composição de renda de duas pessoas, sem vínculo de parentesco ou matrimonial, para o financiamento, favorecendo o acesso à casa própria.
Além disso, desde o ano passado, o Santander oferece uma linha de crédito a longo prazo com garantia imobiliária, chamada Mais Conquista. Por esta linha, o cliente pode usar o seu imóvel residencial ou comercial para oferecer como garantia e tomar um empréstimo e realizar os seus projetos, com pagamento em até 10 anos.
Já a Nossa Caixa, adquirida pelo Banco do Brasil em 2008, reduziu de 11% para 8,9% ao ano a taxa mínima pós-fixada para financiamento de aquisição ou construção de imóvel residencial pelo Sistema Financeiro da Habitação (SFH), em que o valor máximo da unidade é de R$ 500 mil. A taxa máxima nessas operações caiu de 11,50% para 10% ao ano. Os juros ficaram menores também nos financiamentos de imóveis acima de R$ 500 mil e no casos de reformas. Para fazer uma simulação de financiamento,
vá ao site do banco.
Recentemente, o Jornal da Tarde, de São Paulo, realizou três simulações diferentes para a compra da casa, com faixas de renda variáveis, com o valor do imóvel partindo de R$ 150 mil, com juros de mercado. Veja as informações abaixo. Para acessar a matéria completa,
clique aqui.
Renda da família: R$ 6,5 mil
Valor do imóvel: R$150 mil
Entrada: R$ 30 mil
Valor do financiamento: R$ 120 mil
Prazo: 20 anos
Taxa de juros: 9,5% ao ano +TR
1ª prestação*: R$ 1.484,79
Renda da família: R$ 7 mil
Valor do imóvel: R$ 200 mil
Entrada: R$ 40 mil
Valor do financiamento: R$ 160 mil
Prazo: 20 anos
Taxa de juros: 9,5% ao ano +TR
1ª prestação*: R$ 1.971,39
Renda da família: R$ 7,5 mil
Valor do imóvel: R$ 250 mil
Entrada: R$ 75 mil
Valor do financiamento: R$ 175 mil
Prazo: 30 anos
Taxa de juros: 10,5% ao ano +TR
1ª prestação*: R$ 2.049,54