Saindo das dívidas e aprendendo a lidar com o crédito
Esta cada dia mais claro que o brasileiro tem muita dificuldade em lidar com a oferta de crédito. Essa dificuldade se deve em especial a dois fatores: o primeiro é cultural, isto é, temos uma economia estável há pouco tempo e não aprendemos de forma contundente como consumir com planejamento. O segundo fator é o emocional, não sabemos controlar a frustração de não poder ter determinada coisa naquele momento, desta forma para poder dar conta das dívidas causadas pela frustração nos vemos obrigados a comprar somente com o crédito, com o dinheiro dos outros.
Alguém consegue lembrar a inflação acumulado um ano antes da implantação do plano Real? Certamente esse número hoje é inimaginável e foi muito maior do que o acumulado após todos os anos da criação do Real. Passados 18 anos a inflação está de controlada e vivemos em um momento onde as pessoas tem oportunidade de encontrar trabalho e aumentar a renda.
A economia mudou o consumidor não
Os dezoito anos de estabilização econômica não foram suficientes para mudar a cultura do consumo imediato e sem planejamento, afinal, mesmo com um novo horizonte ainda hoje, poucos brasileiros chegam ao final do mês no azul e possuem recursos para investir pensando no futuro. O dinheiro acaba quando bate na conta ou quando os carnês começam a ser pagos. Triste.
Chegou o momento de mudarmos a situação, precisamos agira rápido. Temos que mudar nossa cultura e aproveitar de fato as possibilidades de um país equilibrado. Comece estudando e anotando como seus gastos são feitos. Sim, você terá um pouco de trabalho, mas sem controlar de fato seu dinheiro acabará ficando no mesmo lugar.
Aprender a lidar com a frustração é fundamental
Lidar com a frustração também precisa ser algo natural para quem busca mudar a vida financeira. Entender que um não, pode ser algo momentâneo a partir do momento que existe um planejamento para transformar a negação em possibilidades.
Transformar uma negativa e conviver com as limitações de quebra será um serviço de inestimável valor para sociedade, pois acabará fazendo com que o olhemos a utilização do crédito de uma forma mais consciente o que tenderá a barateá-lo no decorrer do tempo.
Ao contrário do que muitos pensam e divulgam deixar de consumir não é saída, não se faz uma nação próspera com milhares de “Tios Patinhas”, afinal o dinheiro é importante pelo o que ele nos pode proporcionar e não apenas por estar guardado nos cofres para um futuro que nunca chegará. É preciso aproveitar, mas com organização e consciência.
Se você já se encontra com problemas financeiros comece a transformação com essas dicas:
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Sempre existe uma saída para o problema: Comece mudando sua atitude em relação às finanças. Você está nessa situação e precisa entender que o único responsável por isso é você mesmo.
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Organização e controles: É fundamental controlar as finanças, simples assim. Escolha uma forma de organizar-se. Vale planilhas, vale caderno de anotações e controles mais abrangentes como os softwares de gestão financeira online (internet). Sugiro a utilização da ferramenta Dinheirama Online, que possui os mesmos padrões de segurança de um home banking e o cadastro é gratuito.
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Negocie seus débitos: Seu nome é seu maior bem, lembre-se sempre. Se possuir alguma pendência financeira tome a iniciativa de procurar seu credor para uma negociação. Agora que você aprendeu que é importante ter controles na sua vida financeira a negociação de valores e limites ficará muito mais fácil. Na hora do pagamento lembre-se que os valores maiores e as dívidas com juros altos (cartão de crédito e cheque especial) precisam ter uma atenção adicional.
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Use o cartão de crédito com inteligência: O cartão é uma ferramenta de pagamento, você pode e deve usá-lo dentro de um planejamento de gastos e não como uma extensão de sua renda, o cartão de crédito pela facilidade de utilização do crédito torna suas dívidas extremamente caras. Cuidado.
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Converse mais sobre dinheiro: Dinheiro é mais um dos assuntos importantes que precisam estar presentes sempre, ele precisa ser tratado de maneira natural e com a participação de todos da família. Falar de dinheiro não pode ser tabu.
Dê o primeiro passo, você vai perceber que aos poucos as finanças deixarão de ser problemas e se tornaram a solução, se tornarão o meio para alcançar a verdadeira liberdade.
Até a próxima.