Crise dos EUA não afeta confiança das empresas brasileiras de construção civil
A crise imobiliária dos Estados Unidos, responsável pela atual turbulência do mercado internacional, está passando praticamente despercebida pelos empresários brasileiros que atuam no setor. As informações são da 34ª Sondagem da Construção, realizada pelo SindusCon-SP e pela FGV Projetos. Segundo a pesquisa, as empresas do setor estão ainda mais otimistas do que em 2007 com as perspectivas de crescimento da construção civil.
O levantamento, feito em fevereiro, coletou as expectativas de 238 empresários daconstrução civil em todo o Brasil. O destaque fica por conta do indicador de desempenho futuro, que pela primeira vez desde 1999, quando a sondagem começou a ser realizada, ultrapassou o patamar de 60 pontos, com avanço de 2,1% em relação à última pesquisa trimestral e de 12,2% na comparação com a enquete de fevereiro de 2007.
A percepção quanto ao volume de negócios e a rentabilidade também comprovam o claro cenário de otimismo, com crescimento de 21,2% e 14,1%, respectivamente, em relação ao mesmo mês do ano anterior. A perspectiva de desempenho corrente cresceu 19,6% na comparação anual e alcançou os 57,6 pontos.
Os empresários também passaram a acreditar mais no crescimento econômico do País. Neste ano, 29,5% mais entrevistados confiam que o PIB do Brasil vai registrar expansão satisfatória, o que deve contribuir para o aumento do faturamento das firmas, que obteve um aumento de 46% no índice de expectativas para 2008 ?foi a categoria que apresentou a maior alta em relação à sondagem de fevereiro do ano passado.
"Os resultados refletem os números positivos do setor e da economia brasileira. O risco de recessão não repercutiu no humor dos empresários porque as perspectivas otimistas estão calcadas no bom desempenho da construção civil em 2007 e em outros fatores internos, como o aumento da renda e a expansão do crédito", avalia o presidente do SindusCon-SP, João Claudio Robusti. Para ter acesso aos dados completos,
clique aqui.