Aluguel continua subindo e imóveis se mantêm como boa opção de investimento
A Pesquisa Mensal de Locação Residencial do Secovi-SP registrou alta de 0,5% no valor médio dos aluguéis na cidade de São Paulo em março de 2009, em comparação a fevereiro. Nos últimos 12 meses, o acúmulo ficou em 12,11%, bastante superior à evolução de 6,27% do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) e de 5,92% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Segundo José Roberto Federighi, vice-presidente de Locação do Secovi-SP, o aumento se deve pela “absoluta escassez de moradias para aluguel“. De acordo com o Índice de Velocidade de Locação (IVL), que mede o número médio de dias que um imóvel vago leva para ser alugado, em março um imóvel em bom estado de conservação e bem localizado, situado na capital paulista, levou apenas 11 dias, em média, para ser ocupado, quando há cinco anos uma moradia com as mesmas características tinha um IVL superior a 30 dias. Os tipos de moradias que foram alugados com mais rapidez no mês passado foram casas e sobrados, que demoraram, em média, entre 10 e 27 dias para serem locados. Apartamentos escoaram mais devagar, num prazo de 17 a 34 dias. Isso mostra que, apesar da crise, ainda há demanda por imóveis na cidade de SP.
Os imóveis de dois dormitórios foram os que registraram maior elevação em março: 1%, em média. Enquanto isso, o aluguel das moradias de um e de três dormitórios ficou praticamente estável e a locação de imóveis de um quarto teve acréscimo médio de preço da ordem de 0,2%. A pesquisa do Secovi detectou ainda que o fiador foi a garantia mais utilizada (49%) na amostra de imóveis analisada no período. A segunda modalidade mais usada foi o depósito em dinheiro de até três meses, escolhido por cerca de um terço dos proprietários como instrumento garantidor do contrato. O seguro-fiança respondeu por fatia de 19%, meio por cento a mais do que em fevereiro.
Porém, também em março, a inadimplência subiu: levantamento efetuado pelo Departamento de Economia e Estatísticas do Secovi-SP junto ao Fórum da Cidade de São Paulo constatou que o volume de ações locatícias cresceu 22,9% em março, em relação a fevereiro, a maior alta porcentual desde novembro de 2004. No período foram ajuizadas 2.449 ações locatícias, contra as 1992 do mês imediatamente anterior.