Precisar, não precisa...
Bom, é chegada a hora de pensar nas compras de Natal. Um bom começo é não sair por aí gastando dinheiro à toa. Na seqüência, que tal pensar em mimos que possam deixar o lar de alguém mais aprazível nesta árida época do ano? Presentes para a casa são bons não só pela utilidade. Às vezes é exatamente o contrário. Presente bom é aquele você gostaria de ter, mas nunca compra por achar que não precisa. E no setor de utilidades domésticas e artigos de decoração são muitas as opções que se enquadram nesse perfil. Por exemplo, ninguém “precisa” de um aspirador-de-pó de mesa em formato de ovelha. Mas aposto que sua irmã, proprietária recente de um domicílio próprio, adoraria ganhar um. Também não é necessário comprar o novo livro de cozinha da Nigella Lawson traduzido para o português – especialmente quando você já tem pelo menos quatro na estante. Mas ganhar é ótimo! Um vaso garimpado em uma feirinha de antiguidades e que é a cara da sua namorada, um tapete felpudo para o banheiro e que vá deixar o dia-a-dia da casa da sua avó mais feliz também é bom. Isso sem contar nos mimos de época. Outro dia, fazendo uma reportagem na rua Paula Sousa, no centro de São Paulo, encontrei uma loja recheada de artigos de cozinha dos anos 70. Tudo muito baratinho, para ajudar ainda mais. Fiquei pensando no ar de felicidade de muita gente ao ganhar um pote de acrílico estampado com flores e recheado com biscoitos deliciosos – feitos por você ou comprados prontos, tanto faz. Ou na alegria do feliz contemplado com um ferro de passar de ferro mesmo – desses que as donas-de-casa recheavam com carvão para passar a roupa. Um lindo objeto decorativo que não se encontra em qualquer canto, mas pode ser a cara de um amigo ou amiga que você goste. Por isso, neste Natal, em vez de pensar em gastar muito, pense em divertir quem você gosta e, de quebra, se divertir. Transforme a obrigação em prazer, aposto que você vai gostar mais.