O que vem por aí
A cada seis meses,
São Paulo é sede das mostras de
decoração e utilidades domésticas mais disputadas do país. Gente do Brasil inteiro vem atrás das
novidades apresentadas em eventos como a Paralela Gift e a Abup. Por ali são antecipadas tendências e é possível traçar um mapa decorativo do que iremos encontrar nas lojas de decoração nos meses seguintes.
Este ano nada ganhou no quesito “
todo mundo deseja” dos utilitários com apelo
retrô. Importadoras como a Prana, a Basic Kitchen e a All Import investiram pesado em carregamentos de latas de mantimentos, acessórios de confeitaria, vidros de conservas, suportes para canudos e guardanapos, saleiros, bandejas e até sacolas de compras com estampas e linhas inspiradas nos utilitários dos anos 1950 e 60.
Nunca se viu tamanha onda
nostálgica nesse setor. E nem procura tão grande por parte dos lojistas – que se engalfinham nas mostras atrás de
produtos novos para rechear seus estabelecimento comerciais.
O que justifica essa volta ao
passado? Na minha sincera opinião, os fabricantes e importadores descobriram no universo decorativo
vintage um segmento lucrativo. Os consumidores, por sua vez, se derretem por produtos que os levam para tempos mais singelos. Sentem saudade da avó, da tia que lhes preparava bolinhos no café da tarde, da mãe que acondicionava em latas com estampas de maçãs as bolachas de chocolate que iam para a lancheira da escola.
Tendências, têm a ver com vontades coletivas. Mas quando ganham valor de mercado, aí ninguém escapa a movimentação toda que provocam.